sexta-feira, 27 de março de 2009

Peixe-robô é criado para combater desastre ambiental

Peixe-robô é criado para combater desastre ambiental
Com dez sensores de poluição química espalhados por todo o corpo, o peixe detecta qualquer alteração na água. Um microcomputador processa os dados e emite para um centro de observação em terra firme.
O trabalho difícil de salvar os rios e os mares do planeta vai ganhar o apoio dos peixes, mas de uma espécie que você ainda não conhecia até ver esta reportagem de Marcos Losekann e Sérgio Gilz. Ele é capaz de enganar até um pescador dos mais experientes. Nada com naturalidade, mas é um peixe mecânico, desenvolvido no laboratório de engenharia eletrônica da Universidade de Essex, na Inglaterra, um dos maiores centros de robótica do mundo. O peixe foi criado pra combater desastres ambientais na água. O peixe-robô funciona com seis motores elétricos movidos a bateria: nas nadadeiras, no meio do corpo e na cauda. É para nadar entre os peixes de verdade da forma mais discreta e real possível. Com seus dez sensores de poluição química espalhados por todo o corpo, o peixe-robô detecta qualquer tipo de alteração na água. E um microcomputador interno processa os dados e emite para um centro de observação em terra firme. Esse aviso do peixe-robô permite uma ação rápida para evitar o pior. O professor Huosheng Hu, responsável pelo projeto, explica que o peixe tem a vantagem de ir até onde uma pessoa não teria condições de mergulhar. “O Brasil, que tem ao redor de um sétimo de toda a água doce do planeta e longa costa marítima, é um dos países que poderão contar com essa tecnologia”, diz o professor. “No momento em que a água se torna um patrimônio tão ameaçado, esse peixe é uma poderosa arma contra a poluição”. Em três anos, os peixes-robôs já estarão à venda em escala industrial. Cada um deverá custar o equivalente a R$ 40 mil. E, segundo os cientistas da Universidade de Essex, a experiência não vai ficar somente na água. Eles já estudam um projeto para criar um robô que possa voar, uma ave para detectar a poluição do ar. Para a engenharia robótica, o céu não é limite.

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